Fui longe, muito longe. Como há tempos não acontecia. Tive que pousar, assim é a vida. Mas não fui de avião!
Viajei léguas, fui a uma altura inenarrável. A respiração ainda está lenta, calma, esse é o estranho dessas sensações, elas não agitam, não preocupam... apesar de uma atividade emocional intensa todo o resto do mundo parece que pára!...
Quero calar! Não quero pronunciar uma palavra! Não quero deixar se esvair o último fôlego suspenso. Não falar nos afasta um pouco do real, da obrigatoriedade do sentido, do plausível, da matéria... Quero essa propulsão de ventos e vácuos dentro de mim que me deixou à deriva, esse êxtase no qual é tudo tão etéreo que chega a não existir... e passa tão depressa, tão efêmero como que querendo me provar que realmente não é.
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