Quando entrei na faculdade de Biblioteconomia, ano do filme acima que uso como exemplo, comecei a ouvir dos professores sobre a imagem dos bibliotecários, na verdade, bibliotecárias, o que nunca imaginara, mesmo vindo de uma cidade onde não havia nenhum, e os poucos que se metiam a fazê-lo, eram péssimos exemplares da espécime!
A imagem da velha chata de óculos, com coque na cabeça fazendo "Psiu!" pra todo mundo, nunca foi o que imaginei por realidade, menos ainda, pro meu futuro profissional!
Mas o estereótipo que as pessoas transmitem aos quatro ventos não é nem de longe a realidade que vivemos!
Inicialmente responsável pela guarda do acervo de bibliotecas públicas, o profissional formado em Biblioteconomia, nos dias de hoje, pode ser definido como um mediador entre a sociedade e o conhecimento registrado nos mais diferentes tipos de materiais - desde o antigo livro impresso até os novos recursos da informática. Entre suas atribuições, estão o planejamento, a organização e a implantação de centros de documentação e acervos audiovisuais, mais a análise e o processamento de documentos variados. Há uma área da biblioteconomia que nunca foi tão falada como atualmente, a biblioteca escolar! Importantíssima e base dos alicerces do desenvolvimento crítico de ensino e aprendizagem e ferramenta na formação de cidadãos conscientes e participativos do mundo contemporâneo.
Agora, usar o estigma de que bibliotecárias são solteironas não está com nada! Até porque o que significa dizer que alguém é solteirona ou solteirão hoje em dia? O conceito que existia sobre o assunto além de não valer mais no mundo de hoje está totalmente démodé. Ser solteiro é opção, sim! E o perfil dos bibliotecários mudou muito, poucos ainda pensam que somos apenas "guardiões de livros" como no início do século passado. Hoje o moderno profissional da informação, segue a força propulsora das mudanças voltadas para o gerenciamento de unidades de informação. Com isso há mais responsabilidade individual e competitividade. Os profissionais da informação sõ inovadores e se tornam cada dia mais pró-ativos, críticos, atuando nas práticas interdisciplinares com a sociedade para ativa participação nas políticas sociais, científicas e educacionais.
Não dá para vir com esse emblema ultrapassado, discriminatório e como disse Mário Mendes na reportagem Vestida para mandar, Veja de 06/10/2010, “nada lisonjeiro look ‘bibliotecária solteirona’” em pleno século 21. Se querem falar de moda, que usem conceitos e não padrões pré-estabelecidos a respeito de uma imagem não mais difundida principalmente quando indica o ser humano quer na escolha profissional, social ou pessoal.
Voltando ao filme, foi interessante, o pessoal do curso soube da representação de uma bibliotecária diretamente do Egito (Olha que chique!) e marcamos de ir juntos no cinema!!! Uma galera compareceu. Tá aí o trailer pra quem quiser dar uma espiadinha. É a Rachel Weisz no papel de Evelyn a bibliotecária falante, impetuosa e corajosa que se arristou nas aventuras do filme em busca de conhecimento, junte a isso que foi tida como a reencarnação da rainha egípcia Ankhesenamon por sua beleza. Tudo bem que foi só uma encenação, mas quem poderia dar o rótulo de bibliotecária solteirona depois dessa para nós!?!?!?!
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